Philips EMR Tasy ganha o prêmio Best in KLAS: um reconhecimento médico para uma ferramenta de informática.
Lais Zonta, líder de TI da Philips na América Latina, conversou com o E-Health Reporter Latin America sobre as ações que a empresa está realizando para continuar evoluindo suas soluções e merecer este prêmio.
Todos os anos, a KLAS Research reconhece diferentes softwares e serviços do setor de saúde por meio de prêmios. Todas as avaliações são o resultado direto do feedback de milhares de clientes. O prontuário eletrônico Philips EMR Tasy ganhou o prêmio “Best in KLAS” pelo segundo ano consecutivo. Em entrevista exclusiva, Lais Zonta, líder de TI da Philips para a América Latina, falou com o E-Health Reporter Latin America sobre as ações que a Philips está realizando para continuar evoluindo suas soluções e merecer este prestigiado prêmio.
Em primeiro lugar, parabéns por mais uma vez ganhar o prêmio Best in Klas para a solução Philips Tasy. Quais são as maiores virtudes deste prontuário eletrônico (EMR) que o distinguem de outras alternativas presentes na América Latina?
Philips Tasy é uma solução desenvolvida com tecnologia líder de mercado que está em constante atualização, conecta todos os dados da instituição (do paciente, dos profissionais de saúde) e tudo se converge numa mesma plataforma que facilita a tomada de decisões. É uma solução que pela sua qualidade clínica está presente em hospitais certificados, muitos clientes implementam software para obter estas certificações e ainda temos clientes certificados nos níveis 6 e 7 de HIMSS, os níveis mais elevados.
Quantas organizações de saúde na América Latina estão operando atualmente com este EMR? Em quais países está presente?
Na América Latina, mais de 1.500 instituições utilizam esta solução de EMR, e a Philips possui mais de 3.000 clientes que utilizam outras soluções de software do nosso abrangente portfólio.
Começamos a oferecer a solução no Brasil, depois no México, temos clientes na Bolívia, na República Dominicana e estamos em processo de posicionar o EMR na Argentina e na Colômbia, onde já temos clientes. Estamos focados em crescer e melhorar nossa posição de mercado nesses países.
Além da vasta experiência no setor privado, como é a experiência do EMR no setor público na região?
Embora nosso maior volume de clientes esteja no setor privado, nos últimos anos, temos investido muito no crescimento da área pública. Nosso foco são hospitais e, por exemplo, no Brasil temos clientes totalmente públicos e outros que são instituições privadas que administram hospitais públicos. Temos esse tipo de aliança com o Hospital Albert Einstein, o Hospital Sírio Libanês, a Associação Paulista de Medicina em São Paulo, e no México temos projetos específicos voltados ao processamento de imagens clínicas (soluções PACS), entre outros.
No setor público, é importante destacar que a informatização permite uma melhor utilização dos recursos, permitindo que mais pessoas tenham acesso a esses recursos. O impacto que pode ser gerado com a informatização na esfera pública é enorme, e na América Latina existem muitas oportunidades.
Você poderia citar alguns exemplos de sucesso?
Gostaria de destacar o trabalho que estamos realizando com a FHEMIG (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), uma das maiores fundações públicas do Brasil, onde 21 estabelecimentos de saúde utilizarão o Philips Tasy de forma integrada e em um único banco de dados. É uma grande iniciativa do estado de Minas Gerais alcançar maior qualidade na gestão dos serviços de saúde, por meio da informatização das unidades e da padronização dos processos. Além da implantação do Tasy em 21 estabelecimentos, processo que levará 24 meses para ser implantado e que teve início em 2022, uma equipe de mais de 100 líderes da FHEMIG trabalhará ao lado da Philips para propor ajustes e melhorias nos processos de trabalho.
Por outro lado, também temos larga experiência na esfera pública com a Associação Paulista de Medicina de São Paulo, instituição privada que administra 100% dos hospitais públicos e hoje é responsável por mais de 12 hospitais e sanatórios públicos que administram integralmente através de nossa solução EMR. Uma das chaves para o sucesso deste projeto é que eles padronizaram os processos de cada hospital e, graças a isso, avançam muito mais rápido. Assim, eles aumentaram a produtividade, aproveitaram melhor os recursos da instituição, melhoraram a segurança clínica e reduziram a carga administrativa do corpo clínico.
Você poderia apontar alguma diferença na solução entre o ano passado, quando também obteve esse reconhecimento, e este ano?
A solução deve estar sempre evoluindo, tanto com novas funcionalidades quanto com novos regulamentos e legislações. Estamos trabalhando para lançar um assistente virtual com reconhecimento de voz e novos fluxos de trabalho clínicos para dispositivos móveis. Sabemos que todos os médicos querem ter soluções móveis e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para lhes dar a maior flexibilidade possível. Temos um novo portal para o paciente, que quer ter acesso às suas informações e o portal facilita essa troca. Nos últimos anos, a modalidade de teleconsulta também avançou muito, e a plataforma já tem essa opção disponível, e continuamos melhorando o fluxo de trabalho correspondente.
Que aspectos do trabalho atual que a Philips está fazendo em relação ao Tasy e outras soluções você destacaria?
Há alguns anos lançamos o HTML5 e muitos de nossos clientes estão migrando para esta plataforma, que conta com novas funcionalidades. Esse é um grande diferencial, pois oferece muitas possibilidades para as instituições: maior segurança na rastreabilidade das informações, interface amigável com o usuário, possibilidade de utilização de soluções móveis e de saúde da população, entre outras. O Tasy HTML5 devido às suas capacidades de escalabilidade suporta o crescimento das instituições.Por outro lado, a Philips tem trabalhado arduamente no lado regulatório. Estamos sempre atentos aos órgãos que regulamentam a qualidade, que fornecem as certificações. Temos o primeiro EMR do Brasil certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o que demonstra nosso compromisso nessa linha.Toda a plataforma EMR está na nuvem e a implementação desses sistemas representa uma mudança significativa para as instituições, que também são afetadas pela situação do país, da região e do momento. Todo o gerenciamento também fica mais fácil e seguro para cada instituição, pois cuidamos da infraestrutura e segurança.
O EMR também faz parte de uma plataforma mais ampla, onde oferecemos soluções PACS (ferramentas para armazenamento e gerenciamento de imagens) graças à aquisição da Carestream Healthcare Information Solutions nos últimos anos, um dos principais PACS do mercado. Esse PACS tem alguns diferenciais como permitir que todo o fluxo da radiologia seja digitalizado, uma estrutura de mobilidade muito forte para que o radiologista possa acessar um estudo do seu smartphone com um pacote de dados 4G. A Philips também tem soluções que complementam o portfólio de interoperabilidade, porque é essencial ter toda a informação integrada, conectar equipamentos e software para tomar decisões informadas com base em toda a informação.
Por fim, quero destacar a patologia digital, solução em que a Philips é pioneira no mercado. A patologia costumava ser um processo bastante manual e agora pode ser totalmente computadorizada. Isso possibilita recorrer a patologistas que estão por toda a região, para dar suporte ao médico que está no local físico. Sabemos que essas ferramentas oferecem muitas possibilidades para melhorar o atendimento clínico.
Que recomendações você daria a uma organização de saúde que está começando a digitalizar seus processos?
Recomendo sempre começar pelos processos básicos, aqueles que já estão informatizados. Se esses processos forem bem executados, teremos uma base sólida sobre a qual construir; como a recepção do paciente, a triagem. Passada esta primeira fase, a instituição continua a evoluir. É essencial trabalhar em fases para fazer as mudanças de maneira correta.
Além disso, é importante gerir a mudança junto com as pessoas que trabalham na instituição. É um enorme processo de aprendizado para eles, e é fundamental envolver o corpo clínico e a administração das instituições. O CEO, CMO ou diretor clínico devem estar tão envolvidos quanto os enfermeiros e as pessoas que conhecem o dia a dia da instituição. Queremos agregar valor; ajudar a instituição a oferecer melhor qualidade clínica e melhorar a experiência do paciente.
Por sua vez, é importante padronizar os processos e estar atento às melhores práticas que o mercado já possui. Já que muitas vezes isso é essencial para acelerar o processo de digitalização.
Por último, desenhar um plano estratégico de crescimento para os próximos 3 anos é importante para ter objetivos claros. E não esqueçamos que a instituição tem que selecionar fornecedores estratégicos e como as alianças são de longo prazo (contratos de 5, 10 ou 20 anos) é fundamental tomar a decisão correta.
Se for implementado um bom EMR, alinhado com as necessidades da instituição, vale a pena o esforço do pessoal, o investimento econômico e o impacto geral é muito positivo.
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